Na última segunda-feira, dia 12 de março, o departamento jurídico do Santos conseguiu adiar em uma semana o julgamento que poderá render uma pesada multa à equipe. Porém, na próxima segunda-feira, dia 19, não terá como escapar. A partir das 18h, o advogado alvinegro, que buscava imagens e provas para fazer uma melhor defesa, enfrentará o Tribunal de Justiça Desportiva de São Paulo (TJD/SP), tentando absolvição do Peixe, por má conduta da torcida no clássico diante do Corinthians, no dia 4 de março.
O árbitro da partida, Wilson Luiz Seneme, relatou na súmula que, em alguns momentos da partida, o público acima do banco de reservas do Corinthians cuspiu em membros da comissão técnica adversária, fato que foi ressaltado pelo técnico Tite, do Timão, após o jogo. Quando o árbitro apitou o fim do jogo, Tite se virou para a torcida do Santos e bateu no peito com raiva. Mais tarde, ele explicou a razão do gesto cheio de exaltações.
"Saí p.... Passei o jogo todo tomando cusparada nas costas e não é a primeira e nem a segunda vez. Passei o jogo todo assim e não consigo trabalhar. Estou fedendo a catarro. É a terceira vez que acontece isso. Tenho relatado aos árbitros, pedido, então aproveito para pedir publicamente. Não é a torcida toda, não é o Santos. São algumas pessoas que não entendem que estou trabalhando e devo ser respeitado igual eles", disparou o treinador.
Pelo relato da súmula, a Procuradoria do TJD/SP denunciou o clube com base no artigo 213, III do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD), por “deixar de tomar providências capazes de prevenir e reprimir: lançamento de objetos no campo ou local da disputa do evento desportivo”, com pena de multa de R$ 100 a R$ 100 mil.
Além disso, o clube foi denunciado mais uma vez por atraso. Diante do Corinthians, a equipe se atrasou por quatro minutos além do tempo máximo permitido para voltar para o segundo tempo. O limite era 17h, mas os jogadores só estavam todos em campo às 17h04.
Por conta disso, o Santos foi incurso no artigo 206 do CBJD, por "dar causa ao atraso do início da realização de partida [...] ou deixar de apresentar a sua equipe em campo até a hora marcada para o início ou reinício da partida", combinado com o artigo 30, § 2°, do Regulamento Geral das Competições, onde cita que os clubes devem entrar com no mínimo oito minutos de antecedência do horário marcado para o início do jogo, e retornar a campo no máximo dois minutos antes do horário de reinício.
Nenhum comentário:
Postar um comentário